Disciplina - Física

Física

26/02/2014

Física revela o Moda Maringá de maneira jamais vista pelo torcedor

O inglês Isaac Newton (1642-1727), é reconhecido como o “pai” da Física, uma ciência que se dedica a explicar o mundo a partir de dados matemáticos. O que ele não sabia, é que suas teorias seriam usadas para analisar o desempenho de atletas em algumas modalidades esportivas.
E foi exatamente com este objetivo que a reportagem de O Diário convidou o professor Ton Oliveira, que dá aulas de física no Colégio Nobel e na Faculdade de Engenharia e Inovação Técnico Profissional (Feitep), para avaliar sob os olhos da ciência uma partida do Moda Maringá. Os resultados apresentados por ele foram surpreendentes.

Para a coleta de dados, o professor filmou a partida entre Moda e Taubaté (SP), na terça-feira passada, válida pela penúltima rodada da fase de classificação da Superliga Masculina de Vôlei e que acabou com a derrota do time da casa por 3 sets a 0. O vídeo foi importado para programas de edição e de tratamento de imagens, onde os trechos analisados foram isolados para a aplicação das equações.

O oposto do Moda Maringá, Lorena, é ídolo da torcida e não á toa. Segundo as estatísticas da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), ele é o terceiro maior pontuador da Superliga, com 241 pontos, sendo 10 deles de saque. Um dos fatores que explicam o desempenho do jogador é a “mão de ferro” que ele apresenta quando vai ao ataque.

“No terceiro set da partida o atleta Lorena, ao sacar, atinge uma altura média de 75 centímetros acima do solo, que somados à sua altura e envergadura fazem com que a bola seja atingida a uma altura de 3,5 metros e enviada para a quadra adversária a uma impressionante velocidade de 127 quilômetros por hora”, diz o docente.

“O primeiro fator que separa um atleta profissional dos ‘meros mortais’ é a impulsão”, completa o professor. É para atingir a máxima altura possível no salto que os jogadores de vôlei precisam desenvolver uma musculatura poderosa nos membros inferiores.

“Esse condicionamento é alcançado sob a ação de musculação e exercícios para garantir rápida resposta muscular. Um atleta profissional pode com o treino desenvolver uma impulsão vertical que chega, ao longo dos anos, a atingir uma altura de 1 metro, não sendo raro encontrar profissionais que superam esta marca”, relata.

O bloqueio tem sido o ponto fraco do Moda Maringá na competição. Entre as 12 equipes participantes, o time tem o pior aproveitamento do torneio com 135 jogadas bem-sucedidas até agora, 323 erros e 313 continuações. O índice de aproveitamento, de acordo com a CBV, é da 17,51%.

Apesar de ficar devendo nas estatísticas, contra o Taubaté, um bloqueio duplo da equipe maringaense, formado pelos jogadores Felizardo e Renato, e que amorteceu a bola do ataque do jogador Leandrão, do Taubaté chamou a atenção de Oliveira.

“Tal impacto seria compatível com o arremesso de uma lajota de aproximadamente 1 quilo contra uma pessoa com velocidade de aproximadamente 50 quilômetros por hora. Se tal energia fosse transferida a um projétil calibre .38, a velocidade seria capaz de atravessar tranquilamente uma pessoa”, compara.

O trabalho de análise do material teve o envolvimento dos professores Marlon José (eletroeletrônica), Diego Couto (vídeo) e também da Feitep e do Colégio Nobel de Maringá, que cederam equipamentos e profissionais para o projeto.

O Moda volta às quadras nesta quarta-feira, às 19h, para enfrentar o Voltaço (RJ) pela última rodada da fase classificatória da Superliga. Para avançar para as quartas de final sem depender de resultados de outras equipes, os representantes de Maringá precisam vencer dois sets.

Esta notícia foi publicada em 25/02/2014 no site http://maringa.odiario.com. Todas as informações contidas são responsabilidade do autor.
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