Disciplina - Física

Física

18/09/2013

Físico ensina “salto de criatividade” para viver melhor

Abandonar condicionamentos para tornar-se criativo. Só assim o ser humano conseguirá desenvolver todo seu potencial de transformação para mudar a si e o mundo. Mas, para isso, o físico quântico Amit Goswami explica que é preciso mudar drasticamente a visão deste mundo. Esqueça a ideia de que o mundo é matéria, elaborada pela ciência tradicional, e adote a consciência como base da existência. É este o núcleo do paradigma da Física Quântica, a ciência das possibilidades.O mundo é consciência e a matéria, a mente, são possibilidades da consciência”, explica Goswami, cientista, pós-doutor em física nuclear e participante do famoso filme “Quem Somos Nós?” (2004), que mostra como alterar a percepção da realidade por meio dos pensamentos. O conceito da experiência interna e privada é peça-chave neste processo.O físico quântico aposta que só mudamos nossos comportamentos a partir do momento em que começamos a viver da forma que intuímos. Contudo, nem sempre conseguimos escutar a nossa intuição por causa de emoções negativas como ciúmes, inveja e competitividade. São essas as responsáveis por nos fazer perder o poder do pensamento.

“Se um tigre entra nesta sala, nós dois sairemos correndo sem entender por que estamos correndo. E esta não é uma boa estratégia, pois o tigre corre mais rápido do que a gente. Se ficássemos parados, talvez o tigre não estivesse com tanta fome, e não nos atacaria”, ilustra Goswami para sugerir que o ser humano faça uso do que o diferencia das máquinas: as habilidades não-locais. “Elas vêm em nossa direção por meio da intuição e de percepções que vão muito além do pensamento racional. São elas que mudam nossas vidas e o mundo”. Deus, a consciência não-local

Goswami chama de consciência não-local o que muitas pessoas entendem por Deus: a comunicação que ocorre sem a necessidade de sinais. Há comprovação científica do fenômeno, mas a comunidade científica mais conservadora torce o nariz para seus estudos. “A visão de mundo quântica é de certa forma bloqueada pela ciência baseada no materialismo”, acredita.

Goswami propõe então o ativismo quântico, ou seja, usar a criatividade para melhorar a vida e a sociedade. Infinitas possibilidades se tornam possíveis ao deixamos de lado o antigo repertório e aceitarmos o novo. O condicionamento, a repetição, nos faz parecidos com máquinas. “Esta é a questão revolucionária da Física Quântica: ela nos dá a porta de entrada para entender o ser humano”.

A criatividade humana, com toda a sua potencialidade, se processa em dois níveis de pensamento, tanto no consciente como no inconsciente. “Apesar de não podermos experimentar o inconsciente, sendo espertos, podemos atiçar o fogo do consciente que queima no inconsciente, e neste sentido, ganhamos muita perícia para navegar nesse domínio não-local”, aposta Goswami.

“Máquinas não podem dar saltos quânticos nem se comunicar na não-localidade. Nós podemos!” É nesse domínio em que todos estão interconectados que reside a beleza de uma nova forma de pensar. “Se podemos nos conectar e navegar juntos, e isso se torna um no inconsciente, o poder é muito maior”.

Goswami, que é professor emérito no Instituto de Física da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, e autor de “O Universo Autoconsciente” (Editora Aleph), dentre outros, fala sobre a possibilidade de desenvolvermos a inteligência supramental, que vai além do mental e é mais ligada à intuição do que à razão. “Tem a ver com valores, virtudes e os arquétipos que definem verdade, beleza, amor, justiça, bondade e abundância”, resume.

Agregar intuição e criatividade à razão, portanto, é o que nos faz ir além do conhecido. “A comunicação não é local, como Newton afirmava”, pondera o físico quântico indiano. A primazia da consciência foi capaz de integrar ciência e espiritualidade, ou o lado objetivo e o lado sutil.

Esta notícia foi publicada em 17/09/2013 no site http://www.midianews.com.br. Todas as informações contidas são responsabilidade do autor.
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